Por Renato Grinberg,
O ponto de partida de uma trajetória profissional de sucesso
é assumir a responsabilidade do seu desenvolvimento e da sua evolução como
profissional, ou seja, se tornar um líder de si mesmo. Para lhe ajudar nesse
processo, uma boa estratégia é elaborar um plano de carreira objetivo e
realista. Traçar metas, perceber qualidades pessoais e defeitos, além de
trabalhar com a hipótese de mudanças, são algumas das primeiras questões a se
pensar. Os planos de carreira, ao contrário do que se acredita, não devem ser
elaborados apenas pelos iniciantes no mercado, mas por qualquer profissional
que deseja aprimorar-se para atingir níveis de excelência cada vez mais altos.
A volta aos primeiros projetos pode lhe ajudar a entender
melhor seu processo decisório, além disso, é um modo de avaliar o seu
desempenho para então decidir o que fazer para continuar em uma trajetória
ascendente. Erros cometidos no passado são excelentes “professores”. O
fundamental é aproveitar essas situações para se conhecer melhor e assim sendo
se tornar um líder de si mesmo mais efetivo. Conhecer-se aqui não significa
apenas reconhecer o que faz bem, suas qualidades, mas, principalmente, suas
limitações. Dessa forma, avalie seus valores, defeitos, conhecimentos,
interesses, características profissionais e quando você somar/subtrair tudo
isso, poderá criar uma “equação” para potencializar quem você realmente é.
Talvez o mais famoso método de análise de uma empresa ou de
um produto em relação ao mercado seja a análise SWOT, sigla em inglês para
Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats (Fortalezas, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças). Embora tenha sido concebida originalmente para
analisar produtos e marcas, a análise SWOT também pode ser aplicada para um
exercício de autoconhecimento. A parte superior da SWOT representa o que está
em seu controle (Fortalezas e Fraquezas) e a parte inferior (Oportunidades e
Ameaças) representa dinâmicas de mercado que estão fora do seu controle.
A
partir de uma análise SWOT é possível desenhar estratégias para potencializar
suas fortalezas e minimizar ou desenvolver suas fraquezas. No meu livro A
estratégia do olho de tigre (editora Gente) uso um exemplo de SWOT de um tigre
para demonstrar como esse felino está no topo da cadeia alimentar e faço uma
analogia com o nosso mundo corporativo.
Nesse exercício, note que uma mesma característica — o
tamanho — foi considerada tanto fortaleza quanto fraqueza. Isso acontece
porque, dependendo do contexto, essa característica poderá ajudar ou
atrapalhar. Para defender o território, é bom que o tigre exiba seus 200 quilos
distribuídos em 2,5 metros, pois a simples visão de um tigre desestimula
qualquer invasor. Contudo, na hora de se esconder para o ataque, seja contra um
invasor, seja para abater uma presa, o tamanho é uma desvantagem, pois
dificulta a dissimulação de sua presença, ou seja, o fator-surpresa.
O desenvolvimento pleno somente será possível para aqueles que souberem criar estratégias efetivas para lidar tanto com os seus pontos fortes quanto com os pontos fracos. Perceba que não estou necessariamente advogando desenvolver pontos fracos, pois isso nem sempre é a melhor estratégia. Porém se decidir não desenvolver um ponto fraco, essa decisão deve fazer parte de uma clara estratégia de posicionamento. Desenhe seu plano de carreira de forma com que ele possa proporcionar a você satisfação, ascensão profissional e financeira, mas principalmente que seja flexível.
Esteja certo de que você viverá diversas mudanças de paradigma no decorrer de sua carreira, portanto celebre e aproveite essas mudanças para se destacar, ao invés de tentar resistir a elas. Seus acertos e sucessos o tornarão confiante e lhe farão parecer inteligente, mas lembre-se que aprender com os seus erros e fracassos o tornará realmente sábio e este é o caminho mais rápido para se tornar um líder efetivo de si mesmo.
Fonte: www.hbrbr.com.br
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