domingo, 3 de março de 2013

Soft Skills - Elas fazem a diferença - Parte II


Por Adriana Fório Sentieiro, PMP

Soft Skills para o futuro

Já em estudos recentes, apontam que os empregadores estão cautelosos para os próximos anos, devido aos gastos com seus funcionários, pois os funcionários deverão ter maiores habilidades e mostrar grandes resultados, provavelmente exigindo salários melhores também.      

Portanto, para os profissionais que querem chegar à frente, é bom ter em mente que ter apenas as competências básicas não será suficiente; ou seja, para ganhar uma promoção ou conseguir um emprego nos próximos anos, os especialistas dizem que há quatro grandes habilidades de trabalho que os profissionais deverão ter:

Comunicação clara: Seja qual for o seu nível, a comunicação é fundamental para os trabalhadores para avançar. Segundo Holly Paul, EUA, Líder de recrutamento da PricewaterhouseCooper, diz que do seu ponto de vista, a capacidade de articular claramente seu ponto de vista e criar uma conexão com a comunicação para todos os envolvidos, é uma das principais competências. 

Para os candidatos a emprego, em especial, a comunicação clara pode fornecer uma prévia de seu estilo de trabalho para os empregadores. “Eu posso, após uma conversa de cinco minutos com o candidato, sentir o seu entusiasmo e ter uma boa compreensão do que é importante para a empresa”, diz Paul. 

Como conversas pessoais e nos escritórios estão cada vez mais on-line, alguns trabalhadores perderam ou não estão desenvolvendo a capacidade de fazer uma apresentação, por exemplo. Outros podem não serem capazes de escrever de forma coerente um texto, por mais de, digamos, 140 caracteres, como no Twitter.

“A tecnologia, de certa forma, tirou nossa capacidade de escrever bem. Pessoas estão com tanta pressa que eles acabam sendo multitarefa, e eles acabam pulando o básico”, diz Paul McDonald, diretor executivo sênior da Robert Half International.

Marca pessoal: É sabido que os departamentos de recursos humanos vasculham blogs, Twitter e sites de redes profissionais como o LinkedIn pesquisando os candidatos, e é importante que eles gostem do que irão encontrar. Ou seja, o que você publica, diz Peter Handa, CEO da Dale Carnegie Training.  “É a sua marca, é como você representar a si mesmo. Se você postar algo que pode voltar para assombrá-lo, as pessoas poderão ver isso, ou seja, você deve ser cauteloso.” Os empregados, também devem se certificar que sua marca pessoal é atraente e reflete bem os empregadores. “Pois mais e mais empregadores estão procurando empregados para twittar em seu nome, para fazer o blog em seu nome, para construir uma audiência e escrever mensagens”, diz Meredith Haberfeld, executivo e técnico de aconselhamento de carreira em Nova York. Ms. Haberfeld tem um cliente cujo empregado recentemente postou em sua página pessoal do Facebook sobre comer comida chinesa e o consumo de drogas… “Se eu o vi no Facebook, seus supervisores viram e o cliente pode vir a ver”, diz Haberfeld.

Flexibilidade: A capacidade de responder rapidamente às necessidades de mudança de um empregador será importante no próximo ano, assim como as organizações tentam responder com agilidade aos clientes. “Muitas empresas querem trabalhar com seus funcionários sobre como sair da sua zona de conforto, como se adaptar”, diz Handal. “Hoje no trabalho, o empregado não pode ser o mesmo nos próximos anos”. A capacidade de aprender novas habilidades é de suma importância, diz George Boué, vice-presidente de Stiles. “Queremos saber se ao lançarmos um novo programa ou uma nova ferramenta, se as que as pessoas que temos na nossa empresa estarão abertas para aprender”, diz ele.

A melhoria da produtividade: Os profissionais devem encontrar novas maneiras de aumentar a produtividade, dizem especialistas. Executivos estão procurando uma melhora significativa no desempenho dos funcionários no próximo ano em relação aos níveis atuais, de acordo com uma pesquisa recente realizada pela Corporate Executive Board. “Quando você está em seu trabalho, você procura novas e criativas maneiras de ajudar a sua organização?”, questiona McDonald. “A maneira de realmente diferenciar-se é ser proativo.” As empresas estão considerando contratar mais trabalhadores para os próximos anos, porém querem que os atuais funcionários possam operar no crescimento da empresa desde agora. “Meus clientes estão procurando empregados que têm uma grande capacidade de entender o que se quer e precisa, sem que tenha a necessidade de ser dito”, diz Haberfeld diz. Até mesmo gerentes de contratação precisam trabalhar com certas habilidades, já que as organizações consideram expansão para o próximo ano. “A capacidade de detectar pessoas de talento tem caído em desuso ao longo dos últimos anos”, diz Ben Dattner, um psicólogo organizacional de Nova York.
Ele ainda completa: “Como a economia gira em torno de um crescimento, as empresas terão de trabalhar mais para manter funcionários talentosos.” Já que a maioria das empresas reduziu o excesso de funcionários, agora eles têm que “construir músculos”, ou seja, capacitar-se melhor.
Considerações finais

Trabalhe suas habilidades interpessoais e comportamentais (Soft Skills), fique alerta quanto às tendências corporativas para chegar à frente e fazer a diferença.  Em Gerenciamento de Projetos, muitas vezes as Soft Skills tem mais peso do que as habilidades técnicas (Hard Skills), uma vez que o profissional de gestão de projetos lida mais com pessoas do que com temas técnicos, e desenvolver uma boa sintonia, conseguindo motivar a equipe faz toda a diferença entre um profissional de sucesso e um mediano.

Os mercados e os desafios são cada vez mais dinâmicos, não existe um padrão comportamental que permita recorrer, incessantemente, às mesmas respostas, técnicas, metodologia e soluções. Sempre surgirão novas situações e novos desafios. O que precisamos é saber aceitar este dinamismo e adaptar-se aos novos contextos. O mercado não espera por si e não terá pena de quem não souber se adaptar a cada nova situação.

Fonte: e-News PMI São Paulo

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