Após ser repreendido por um chefe americano por conta de
alguma tarefa, como você acha ele vai passar a tratá-lo? De maneira impessoal?
Deixando claro que sua falha não foi esquecida? Ou considera que ele vai
continuar a ser amável e a convidá-lo para almoçar, como sempre fez?
Acertou quem ficou com a última alternativa. É que, sem melindres,
na terra do “Tio Sam” não se costuma misturar trabalho e relações pessoais.
A pergunta do começo deste texto é parte de um dos testes do
Berlitz Cultural Navigator, ferramenta digital do Berlitz Educação Global que
indica o nível de preparação de um executivo expatriado para enfrentar uma nova
cultura.
Em relação ao caso específico de quem está se preparando
para trabalhar nos Estados Unidos ou vai fazer negócios com americanos, seguem
alguns aspectos da cultura deles desvendados por Silvia Freitas, diretora de
relações corporativas do Berlitz Educação Global.
1. Fazer negócios sem necessariamente criar vínculo prévio
“Não é preciso ter um relacionamento prévio ou ser amigo
antes de fazer negócios com os americanos”, diz Silvia. Ela explica, que, se
para asiáticos a construção de um relacionamento cria a base da confiança para
fazer negócios de peso, com os americanos não funciona da mesma maneira. “Não é
necessário criar um vínculo antes”, diz.
2. Aperto de mão firme
Não se assuste se uma americano quase “amassar” a sua mão ao
cumprimenta-lo. “Eles prezam por um aperto de mão firme e forte, é a maneira
mais profissional de cumprimento”, diz.
3. “Terninho” como uniforme das executivas
De acordo com Sílvia, se aqui no Brasil não é regra, nos
Estados Unidos o visual das executivas não foge muito ao estilo terninho ou
tailleur.
4. Ir diretamente ao tema em reuniões
Nada de comentar sobre o tempo, perguntar sobre a família,
filhos ou falar de amenidades. “Eles vão direto ao assunto, diferente de nós
que fazemos alguma pergunta para quebrar o gelo antes”, diz Silvia.
5. Respeitar horários de reuniões
Horários de início e de fim de reuniões são, em geral,
respeitados. Se estiver marcada para começar às 14h e terminar às 15h, é
exatamente isso que vai acontecer. “Caso não dê tempo de tratar de todos os
assuntos, outra reunião será marcada”, diz Silvia.
6. Participar, de fato, das reuniões
A participação de todos os convocados para a reunião é não
só incentivada, como também esperada, segundo Silvia.
“Eles não têm vergonha de falar algo considerado besteira,
sabem que não serão julgados por tentarem apresentar seu ponto de vista”, diz
Silvia.
7. Incentivar lado empreendedor dos profissionais
“Os americanos têm um lado empreendedor forte. As pessoas
são incentivadas a correr riscos”, diz Silvia.
Isso é possível porque possíveis erros que venham a
acontecer são mais facilmente “perdoados”. “Sentem-se mais à vontade porque
sabem que não serão punidos severamente se errarem”, diz Silvia.
8- Trabalhar de “portas abertas”
A hierarquia é menos rígida, segundo Silvia. “É possível
falar com o chefe do chefe e isso não é mal visto, como pode acontecer aqui no
Brasil”, diz. Lá o esquema “portas abertas” parece prevalecer.
9. Estimular tomada de decisões
Faça e traga o resultado. E é melhor se não inundar o
expediente do seu gestor com perguntas. Segundo Silvia, profissionais muito
indecisos não encontram muito espaço nas organizações. “ Eles esperam que seus
funcionários sejam tomadores de decisão”, diz.
10. Competitividade
"Os americanos são muito competitivos, é possível ver
isso no esporte e no trabalho também é assim", diz Silvia. E uma das
consequências disso é que profissionais tendem a dar o melhor de si em cada tarefa. "Em geral, um americano não
faz nada por fazer", diz.
Fonte: Site da revista Exame.
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