quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Você é viciado em trabalho? Está na hora de repensar suas atitudes

Por: Cíntia Bortotto

O workaholic sempre existiu, mas, nos últimos anos, o número de pessoas com esse problema passou a ser maior pela competitividade do mundo corporativo ou até mesmo pela ganância de certos indivíduos

Você sabia que trabalho em excesso pode acabar se tornando compulsão? Os workaholics também são conhecidos como trabalhadores compulsivos ou dependentes do trabalho. O workaholic sempre existiu, mas, nos últimos anos, o número de pessoas com esse problema passou a ser maior pela competitividade do mundo corporativo ou até mesmo pela ganância de certos indivíduos. Muitas vezes, a dependência pelo trabalho nasce de necessidade que o indivíduo tem de provar algo para si mesmo ou para alguém, por exemplo, que pode fazer determinado projeto, ou que pode ser promovido, entre outros.

Em geral, o processo de se tornar um workaholic se dá de duas maneiras. Em primeiro lugar, pode ocorrer por conta da necessidade. Nesse caso, muitas vezes o início ocorre porque a pessoa não ganhava o suficiente trabalhando numa carga considerada normal, ou seja, jornada de 8 horas diárias. A pessoa começou então a trabalhar mais, às vezes com horas extras, às vezes em dois empregos e se acostumou a isso. Como quer sempre se mostrar capaz de dar conta de tudo, continuou com o ritmo acelerado e nem pensa em diminuir.

Os danos pessoais mais comuns estão ligados à saúde, ou seja, a pessoa começa a ficar doente. Gastrites, crises de insônia, impotência sexual e falta de apetite são alguns dos principais sinais. Para a família e amigos, o dano mais comum é a falta de convivência e todas as consequências que isto pode gerar. Distanciamento nas relações com o cônjuge, filhos, pais, separações, ausência em momentos importantes da vida de quem se ama, gerando a falta de credibilidade por parte do outro, falta de entendimento sobre o que ocorre na vida do outro.

Para evitar este processo, é preciso encontrar outras motivações que não apenas o trabalho. Ter autoestima forte também ajuda, pois você não tem de fazer tudo exatamente na hora em que pedem: pode aprender a negociar tanto prazos quanto o que é esperado. Saber se colocar sem ter medo de perder o emprego ou ser mal interpretado pode ajudá-lo.

Outro ponto importante é marcar compromissos como inglês, academia e jantares em horários logo após o expediente, assim você se obriga a sair no horário. Resista à tentação de desmarcar ou remarcar. Mais uma dica é começar atividade física, ou intensificar se você já faz uma. Isso fará com que você consiga se concentrar mais e render mais durante o dia de trabalho, evitando horas extras após o expediente.

Se você já caiu nesse esquema e está sofrendo por estar viciado no seu trabalho, não se desespere.

Lembre-se: não coloque todo o foco de sua vida em um só pilar, pois se esse ruir, a probabilidade de uma depressão é enorme. Divida sua energia em vários setores, como família, lazer, o lado espiritual, trabalho, amigos, atividades físicas, etc. Com autoconhecimento e autopercepção é possível chegar ainda mais longe de forma saudável. Siga confiante e boa sorte!

Fonte: www.administradores.com.br

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