Blog destinado a divulgar e valorizar o gerenciamento de projetos como área de conhecimento e diferencial de mercado para qualquer tipo de empresa, tamanho e segmento.
domingo, 29 de setembro de 2013
Publicações PM Network e PMI Today estão disponíveis em português
A revista PM Network e o jornal PMI Today, publicações
mensais do PMI, estão disponíveis em língua portuguesa a partir das edições de
Setembro-2013. Com isso o PMI facilita o acesso dos brasileiros às suas
publicações mais populares, que trazem um conteúdo especializado sobre o
universo do gerenciamento de projetos.
A revista PM Network aborda casos reais que dizem respeito
ao gerenciamento de projetos, incluindo matérias que exploram como as
ferramentas são utilizadas e quais são os resultados obtidos em determinados
setores da indústria. A publicação traz também a opinião de especialistas em
seções fixas, sempre destacando assuntos atuais da gestão de projetos. Por
enquanto a edição em português está dsponível somente via computador
(http://www.pmnetwork-portuguese.com) ou através da revista impressa
(disponível gratuitamente para membros). A versão mobile ainda é oferecida
somente em inglês.
O jornal PMI Today traz informações objetivas sobre os
Capítulos do PMI e os eventos que estão acontecendo ao redor do mundo, na
maioria das vezes organizados pelos próprios Capítulos. Mensalmente são
atualizados também os números que compõem a comunidade do PMI, incluindo
profissionais certificados, Capítulos e publicações dos principais padrões do
PMI. A versão em português pode ser acessada através do link
http://www.pmitoday-portuguese.com.
Fonte: www.pmisp.org.br
O dinheiro é o mais importante para ser feliz no trabalho?
Em pesquisa feita pelo Ateliê de Pesquisa Orgazinacional,
78% dos profissionais responderam que sim
O tema felicidade no trabalho está em voga no mundo
corporativo e é uma das prioridades das áreas de Recursos Humanos. Pesquisas
têm sido feitas por diversas instituições exatamente para lançar algum
entendimento sobre o tema que, por ser uma novidade, é bastante abstrato e até
cercado de muito romantismo. Isso ocorre porque o assunto é de grande
complexidade e invariavelmente é incluído entre os conceitos e melhores
práticas de RH, como clima organizacional, engajamento e política de retenção
de talentos profissionais.
Nesse sentido, o Ateliê de Pesquisa Organizacional divulgou
um estudo sobre o tema. Com abordagens qualitativas (quatro grupos de
discussão) e quantitativas (200 entrevistas), gestores e não gestores de
companhias estabelecidas em São Paulo e no Rio de Janeiro responderam e
indicaram o entendimento e a experiência que possuem da própria felicidade no
trabalho. O propósito central do estudo foi conhecer e abordar, de forma
dinâmica e profunda, como esses profissionais percebem e caracterizam a
condição de felicidade nas empresas em que trabalham.
Em síntese, o que a pesquisa revela sobre felicidade no
trabalho para os profissionais ouvidos? Eles mesmos apontam: é ganhar dinheiro,
relacionar-se com pessoas, ter desafios, trabalhar em equipe. É contar com relações
seguras e confiáveis entre colegas, ser reconhecido, sentir-se motivado,
satisfeito, competente e alegre na empresa, entre outros sentimentos.
Outro tema relevante e que também entrou na pesquisa, diz
respeito à infelicidade no trabalho. Os participantes apontaram várias
compreensões: ter disputas internas, sofrer pressões, ambiente tenso, colegas
fingidos, adoecimentos, pouco tempo para coisas pessoais, ausência de
reconhecimento e líderes inadequados, entre outros fatores.
O estudo produziu algumas conclusões. Uma delas indica os
fatores individuais bastante presentes na determinação do estado de
(in)felicidade dos profissionais, e também a influência dos fatores externos e
coletivos, com ênfase, porém, um pouco menor do que se costuma considerar. Outra
conclusão provoca uma reflexão sobre a novidade (ou não) do conceito de
felicidade no trabalho, uma vez que os próprios profissionais quando a definem
usam conceitos como motivação, realização no trabalho, clima e ambiente, que
são velhos conhecidos da área de Recursos Humanos.
Veja os principais resultados da pesquisa:
- Para 78%, o dinheiro é um fator que se sobrepõe a todos os
outros.
- Para 79% dos entrevistados, eles estão felizes ou muito
felizes em relação ao trabalho; apenas 7% consideram-se infelizes ou muito
infelizes.
- Para 46%, eles são os responsáveis e não a empresa pela
própria felicidade no trabalho.
Mulheres vs. homens
- Entre as mulheres, 84% consideram-se felizes ou muito
felizes em relação ao trabalho. - Entre os homens, 75% consideram-se felizes ou
muito felizes em relação ao trabalho.
Paulistas vs. cariocas
- Os cariocas (85%) consideram-se felizes ou muito felizes
em relação ao trabalho.
– Os paulistas (71%) consideram-se felizes ou muito felizes
em relação ao trabalho.
- O dinheiro tem muito mais peso para os cariocas (84%) do
que para os paulistas (73%).
Excesso de trabalho
- Trabalhar é importante para o crescimento pessoal e
profissional, disseram 45% dos entrevistados; 44% disseram que trabalham para
sentir-se realizado.
- Para 57%, trabalhar mais de 8 horas por dia é motivo de
satisfação. Apenas 17% responderam que trabalhar além do horário é motivo de
insatisfação.
O que causa felicidade no trabalho
- Para 49%, relacionar-se com pessoas é uma das situações
que deixa feliz no trabalho. Para 41%, trabalhar em equipe é a principal
situação.
- Para 68%, quando estão felizes no trabalho, sentem-se
motivados.
- Para 36% (60% deles do Rio de Janeiro), nada os deixa
infelizes no trabalho.
- Para 48%, a infelicidade no trabalho traz o sentimento de
desmotivação.
Saúde
- A maioria dos entrevistados (63%), não tiveram qualquer
problema de saúde nos últimos meses. Mas 37% deles apontaram estar sofrendo de
dor de cabeça (43%), cansaço exagerado (25%) e dor de estômago (18%), entre
outros adoecimentos.
Fonte: www.administradores.com.br
terça-feira, 24 de setembro de 2013
PMI São Paulo promove webinar gratuito - "Priorização de projetos com base na estratégia da organização"
SOBRE O WEBINAR:
Nesta palestra, serão exploradas metodologias fundamentadas
em Engenharia de Valor aplicadas na Tetra Pak como ferramenta de gestão de
portfólio para seleção e priorização dos projetos. De um lado, a Estratégia é
desdobrada em Drivers e Enablers, com pesos entre eles. Do outro, atribui-se a
cada Projeto pontos que refletem o seu grau de influência para os Enablers
estratégicos. Isso é feito através de um comitê multidisciplinar, com
representantes das diversas áreas e que se reúne periodicamente. Todos os pesos
e pontos seguem a escala de Fibonnaci, gerando ao final um ranking dos projetos
que mais agregam valor ao negócio. Apesar desta metodologia ter sido criada
para projetos de TI em uma empresa privada, sua lógica é aberta e pode ser
aplicada a diferentes naturezas de projeto e aos mais diversos tipos de
organização.
SOBRE O PALESTRANTE:
Nelson Akira Furukita atua na área de TI há mais de 20 anos,
formado pelo ITA, com MBA pela FGV em Gestão Empresarial e Pós-graduação pela
FAE Curitiba em Economia. Certificado como PMP pelo PMI, como MCSE pela
Microsoft e como CNE pela Novell. Atualmente atua como Gerente de Sistemas e
Projetos na Tetra Pak, sendo responsável pela América do Sul e Central, onde
recebeu um prêmio de melhor Líder de equipe em 2012. Membro do time vencedor do
Prêmio Eco 2008 (Jornal Valor Econômico e AMCHAM) na categoria Sustentabilidade
pelo site www.rotadareciclagem.com.br. Atuou como professor titular da
disciplina de Sistemas de Informação no Paraná.
Data: 24/09/2013
Horário: 20h (horário de Brasília)
Duração: 1h
Acesso: http://pmi.adobeconnect.com/r4vuy3pj6ra/ (reserve
seu lugar 15 min antes do início)
PDUs: 1 PDU válido para o participante desse webinar
domingo, 15 de setembro de 2013
3 habilidades que todo executivo do século 21 precisa ter - Terceira Habilidade
Dividir atenção de forma calculada
Em vez de evitar a distração, aproveite a tendência do
cérebro a voar.
Cathy Davidson
Sete funcionários da IBM, cada um num local distinto,
participam de uma teleconferência. Enquanto dois falam pelo telefone, outros
dois trocam mensagens de texto sobre a conversa; outro abre uma planilha,
tentando responder a uma pergunta feita no início da reunião; outro, ainda,
busca no Google informações sobre um potencial concorrente; já o último manda
um e-mail para um colega que não está na teleconferência.
Esses indivíduos estão sendo distraídos pela tecnologia do
século 21? Ou a tecnologia do século 21 permitiu que prestassem atenção de um
jeito novo, talvez mais natural, criativo e produtivo?
Todo mundo conhece a história de distrações contemporâneas.
Na última década o mundo foi de um total de 12 bilhões de e-mails por dia para
247 bilhões, de 400 mil mensagens de texto para 4,5 bilhões, de uma média
individual de 2,7 horas por semana na internet para 18 horas. Podemos até
seguir trabalhando em salas ou baias destinadas a nos isolar do mundo lá fora,
mas o centro de nossa vida no trabalho é um computador que nos mantém ligados a
esse mundo — a colegas, a clientes, à família, à comunidade, à diversão e a
passatempos; a tudo que sabemos que deveríamos estar fazendo e a tudo que
sabemos que não deveríamos.
Gloria Mark, professora da University of California em
Irvine, mostrou que o trabalhador moderno alterna tarefas uma vez a cada três
minutos, em média. Uma vez que sua atenção em determinada tarefa é desviada, a
pessoa leva em média 25 minutos para retomá-la. Há quem diga que deveríamos
tentar eliminar essas distrações. Mas creio que gestores de hoje são capazes de
lidar — e, às vezes, até de crescer — com elas.
A pesquisa da professora também mostra que em 44% das vezes
em que alguém parou de fazer uma coisa e começou outra a fonte da distração era
“interna”, e não “externa”. Ou seja, a mente simplesmente voa. Não podemos
culpar a tecnologia por nossa falta de foco, pois o cérebro humano é feito para
o multitasking. Feche os olhos por cinco minutos e veja como sua mente viaja,
salta, vai para lá e para cá, volta ao início. O sucesso em fábricas e
escritórios do século 20 pode ter exigido a estrita atenção a tarefas sistemáticas
e sua execução até o fim, mas não é natural para o ser humano operar asim. Toda
a conectividade do século 21 talvez nos dê a liberdade para reconhecer esse
fato.
Por que fazer da total atenção um ideal e se aferrar a ele
num ambiente no qual é tão difícil atingi-lo? Por que não “desaprender” essa
capacidade, como diria o futurista Alvin Toffler, para deixar o cérebro
funcionar do jeito que funciona naturalmente? Em meus estudos sobre a atenção,
encontrei muitas ferramentas que ajudam o gestor a eliminar distrações. Um
aplicativo de produtividade batizado de Freedom permite que se bloqueie a
internet por um determinado período; outro serviço, o Concentrate, deixa o
computador abrir apenas os programas necessários para uma tarefa específica.
Linda Stone, a ex-executiva da Apple que cunhou o termo “atenção parcial
contínua” para descrever nosso hábito de constantemente escanear o horizonte e
nunca se concentrar plenamente numa determinada tarefa, sugere simplesmente
desativar a tecnologia.
Controlar o fluxo de informação ajuda, sim, certas pessoas a
se sentirem mais focadas e produtivas em certas situações. Mas não está claro
que essa sensação reflita a realidade. Um estudo de 300 trabalhadores realizado
na University of Melbourne mostra que, embora gente que usa a internet no
trabalho para coisas pessoais acredite que o uso derruba sua produtividade, na
verdade aumenta a produtividade em 9%. Isso não vale para “viciados” em
internet que usam mídias sociais em excesso. Já para aqueles cuja mente simplesmente
vagueia entre trabalho e diversão, uma pausa para navegar na internet pode ser
o revigorante cognitivo que melhora seu desempenho quando voltam à tarefa em
mãos. Em inglês já existe até nome para isso: WILB, ou “workplace internet
leisure browsing”. Quem sabe os chefes não vão adotar a prática como uma
distração positiva que alivia a tensão e aumenta a criatividade?
Outra estratégia para aumentar a produtividade é dividir
deliberadamente a atenção e potencializá-la, como fez o pessoal da IBM na
teleconferência. Charles Hamilton, um líder de estratégia de e-learning na IBM,
explica que a participação de gerentes em reuniões virtuais é mais intensa
devido às mensagens de texto simultâneas, que eles chamam de “back chatting” e
que hoje são de praxe; aliás, quando o recurso não está ligado, o pessoal
começa a temer que alguém não esteja sendo ouvido.
Ao incentivar essas
conversas paralelas, os gerentes põem para trabalhar a mente errante. Além
disso, promovem uma participação mais igualitária em reuniões em grupo — uma
pessoa pode responder sem interromper — e garantem que a conversa inteira flua
de modo interativo e produtivo. A atenção é “distribuída” de forma mais
uniforme e fluida, em vez de ser dominada por um ou dois participantes loquazes
que deixam todos os demais desmotivados e distraídos.
No plano individual, um bom exemplo é o do desenvolvedor de
software Aza Raskin, ex-Mozilla e hoje presidente da start-up Massive Health.
Raskin sabe que não pode passar a jornada inteira, todos os dias, focado apenas
nas tarefas mais importantes. Mas coloca limites a essa atenção dividida. Como?
Usando dois computadores em sua mesa e outro um pouquinho mais longe. O
trabalho que precisa fazer se encontra no primeiro aparelho, o de mais
destaque, que não está conectado à internet. Ao lado há outro computador com
acesso a e-mail e internet. O terceiro, a uma curta distância dali, está ligado
ao Twitter e ao blog do executivo, com um lembrete intermitente do trabalho “de
verdade” que o espera em sua mesa. Sua estratégia é tornar a procrastinação
difícil, mas não impossível, pois o foco total e absoluto está fora de seu
alcance — e nem é necessariamente desejável no ambiente de trabalho de hoje. Os
três computadores de Raskin o ajudam a programar interrupção e divagação em seu
dia.
Nem todo mundo tem o mesmo estilo ou as mesmas exigências de
atenção, de modo que um bom gestor do século 21 precisa descobrir como deixar o
trabalho multimídia ajudar o pessoal. Olhar a esmo pela janela é tão importante
para a criatividade quanto entrar no Facebook para ver as últimas fotos do
sobrinho e em seguida voltar a trabalhar com um estado de espírito melhor, mais
leve, mais produtivo. Estudos mostram que o acaso, a interrupção, a distração e
a diferença aumentam nossa motivação a aprender e resolver problemas, tanto
individual como coletivamente. O segredo é aceitar e até criar interrupções
positivas.
No futuro, a atenção parcial contínua talvez não seja vista
como problema, mas sim como uma habilidade nova, crucial. E talvez nem chamemos
isso de multitasking — mas sim de multi-inspiração.
Cathy Davidson é titular da cátedra John Hope Franklin
Humanities Institute Professor of Interdisciplinary Studies na Duke University,
nos EUA. Seu último livro é Now You See It: How the Brain Science of Attention
Will Transform the Way We Live, Work, and Learn (Viking, 2011).
Fonte:
www.hbrbr.com.br
3 habilidades que todo executivo do século 21 precisa ter - Segunda Habilidade
Exercer influência digital
Com empresas se tornando menos hierárquicas, o uso eficaz de
redes na internet será crucial para o sucesso.
Thomas H. Davenport e Bala Iyer
Dharmesh Shah, fundador e diretor de tecnologia da HubSpot,
uma firma de marketing na internet, tem uma impressionante rede online:
administra um grupo para empreendedores com 216 mil membros no LinkedIn, lidera
uma comunidade de perguntas e respostas para start-ups no Stack Overflow e tem
mais de 98 mil seguidores no Twitter. Mas ainda mais invejável do que a
dimensão da rede de Shah é como ele a usa. Há pouco, quando a HubSpot estava
contratando, Shah twittou sobre a busca de engenheiros qualificados pela
empresa. Rapidamente, recebeu o nome de centenas de candidatos, vários dos
quais acabou contratando. Em outra ocasião, enquanto penava com o programa para
um novo produto, pediu a ajuda dos seguidores na rede. Em questão de horas,
recebeu várias sugestões; uma pessoa acabou dando instruções para corrigir os
erros do programa.
A maioria dos executivos hoje sabe como usar ferramentas na
internet para montar e expandir sua rede. É fácil chegar a contatos do setor e
a colegas pelo LinkedIn e pelo Facebook, seguir e ser seguido no Twitter e
participar ativamente de iniciativas de mídia social da empresa. O que falta
entender melhor é como um gestor pode usar essas redes para colher informações
e exercer influência num local de trabalho cada vez mais interligado, mais
colaborativo e menos hierárquico. O exemplo de Shah é perfeito — e traz lições
que ajudarão até executivos de setores que não o de tecnologia.
Para montar uma rede eficaz no universo virtual é preciso se
concentrar, como Shah, em três coisas: reputação, especialização e posição na
rede. Assim como no mundo real, reputação é moeda de troca: é como você
convence gente que não o conhece a buscá-lo, a lhe dar informações e a
colaborar com você. Para estabelecer sua reputação no mundo virtual é preciso
oferecer conteúdo interessante, chamar atenção para sua presença na internet e
levar os outros a difundir e a pôr em prática suas ideias. Essa reputação pode
ser avaliada com serviços como Klout, Identified, PeerIndex e Empire Avenue,
que dão uma nota com base em quanta gente você influencia, quanta influência
você exerce e quão influentes são seus contatos. No Klout, Shah recebeu 80
(numa escala de 1 a 100).
Para turbinar a reputação e expandir a rede, indivíduos como
Shah, que circulam bem pela internet, fecham o foco em áreas cruciais de
especialização. No caso de Shah, tecnologia e empreendedorismo — temas centrais
em cada um de seus projetos na web. A sua pode ser vendas, ou RH, ou gestão de
organizações sem fins lucrativos. Vejamos o caso de Barry MacQuarrie, um
contador que montou uma comunidade no LinkedIn com o objetivo de entender como
mídias sociais podiam ser usadas em sua profissão.
Hoje, o grupo tem 1.800
usuários, que aconselham MacQuarrie sobre o tema. Potenciais clientes
encontraram MacQuarrie e sua empresa através do grupo. Especialização envolve
demonstrar profundo conhecimento, forjar vínculos com outros especialistas
(dentro e fora de sua organização), comprometer-se a aprender com eles e estar
disposto a oferecer informações relevantes e recomendações aos outros. O
Google+ e ferramentas similares permitem ao usuário criar “círculos” ou
comunidades com interesses comuns; o LinkedIn também está se fragmentando em
grupos de especialistas.
Embora foco seja importante, as melhores redes na internet
também se posicionam como ponte entre grupos até então desconectados. Isso pode
aumentar sua influência, pois lhe dá a chance de identificar potenciais
colaborações ou conflitos e acumular informações superiores. Shah, que se
formou pelo programa MIT Sloan Fellows, tem acesso às redes de alunos e
ex-alunos do MIT, bem como a sua rede de start-ups. Pode servir de ponte entre
empreendimentos de estudantes e investidores, ou entre start-ups e talentos — e
pode até achar oportunidades nas quais ele próprio gostaria de investir. O
LinkedIn Maps e o TouchGraph permitem que o usuário faça um análise visual de
suas redes para identificar contatos, clusters, densidade e redundância.
Uma pessoa que sabe usar suas redes usa contatos para obter
feedback rápido sobre toda sorte de desafio profissional — e até mesmo
soluções. Sabemos de um gerente em uma empresa de TI que se valeu da tecnologia
de rede social interna para solicitar referências de um fornecedor que estava
considerando. Descobriu que o sujeito fizera um trabalho mal feito num punhado
de projetos recentes e optou por não contratá-lo. Se sua rede for forte, você
está conectado a colegas, fornecedores, clientes e outros executivos bem
situados em seu campo — uma série de especialistas que podem ajudá-lo a
qualquer momento.
O desafio de Shah para eliminar as falhas do software lá
atrás é um exemplo. Considere, também, o caso de Michelle Lavoie, gerente da
comunidade empresarial da provedora de serviços de TI EMC, que usou seu blog
interno para enfrentar um problema ainda maior: como cortar custos durante a
crise financeira de 2008. “Constructive Ideas to Save Money”, seu post de
número 430 na rede, pedia uma trégua na chiadeira sobre uma alteração polêmica
na política de férias, dava cinco sugestões positivas e incentivava os colegas
a darem suas próprias ideias. Um ano e meio depois a mensagem fora visualizada
mais de 26 mil vezes e gerara 364 respostas com ideias para corte de custos,
muitas delas implementadas. Lavoie ganhou visibilidade em todos os níveis da
empresa e garantiu que a travessia da crise pela EMC fosse uma iniciativa com a
participação de todos, e não uma ordem disparada lá do alto.
O leitor também pode usar sua rede para testar propostas e
estratégias, dentro e fora da organização. Sugira uma ideia e veja quanta gente
a “curte”. Ou dirija certos grupos de pessoas a uma sondagem online. O feedback
pode ajudá-lo a convencer um chefe ou cliente relutante a aceitar seu ponto de
vista. Esses métodos de exploração de fortes redes virtuais são só o começo.
Agora, começam a surgir novas técnicas, como fazer seus contatos na rede
tomarem parte de “games” empresariais, para que entrem em ação para você ou
para sua empresa.
Em breve, esperamos, organizações vão começar a buscar
funcionários com redes de contatos comprovadamente fortes na web e o histórico
de exercer influência por meio delas. Os mais hábeis nesse quesito serão ainda
mais valorizados.
Thomas H. Davenport é titular da cátedra President’s
Distinguished Professor of Information Technology and Management na Babson
College, nos EUA, e consultor sênior da Deloitte Analytics. Bala Iyer é
professor associado de gestão da tecnologia da informação na Babson.
Fonte: www.hbrbr.com.br
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