domingo, 8 de setembro de 2013

Os seis estilos mais comuns de liderança


Por Álvaro Oppermann

Chefe mamãe, amigo do peito, sargento, professor, antropólogo, guru: com que tipo de chefia você se identifica? Em seu novo livro, Smart Tribes (“Tribos inteligentes”), a colunista da revista Forbes e coach Christine Comaford lista os seis estilos mais comuns de liderança nos negócios. Vamos começar pelo primeiro, o mamãe. Excelente em dar apoio e conforto emocional aos subordinados, é especialista na arte de manter a equipe coesa, em clima familiar. O amigo do peito, além do coração grande, distingue-se por uma capacidade singular de empatia, identificando-se com as dificuldades enfrentadas pelos subordinados. Seu bordão: “Eu sei como é, parceiro”. Os dois tipos são adorados pelos subordinados.

A má notícia é que, segundo Christine, essas chefias são pouco eficientes na condução de processos de mudança: falta-lhes o espírito de urgência. A segunda má notícia: não existe um tipo de chefe que não tenha um calcanhar de Aquiles correspondente. No livro, a autora os esmiúça.

O sargento lidera o escritório como se fosse um quartel. Pode ser muito temido – e fazer as coisas andarem “no grito” –, mas não é bom motivador. O professor supre a equipe com instruções claras e precisas, mas é fleumático demais e não desperta paixão. O antropólogo, que adora fazer perguntas em busca de soluções inovadoras, às vezes soa intrusivo e chato. Enfim, o guru (descrito como um “professor com mais coração”), justamente por ser carismático, desenvolve um sentimento de dependência na equipe.

Diante de tantos pontos cegos, o que resta às chefias? “Desenvolver múltiplas personalidades”, diz Christine. Steve Jobs era uma mistura de guru e sargento, com uma pitada forte de antropólogo. Tony Hsieh, CEO da Zappos, outro guru/sargento, dosa isso com a qualidade de amigo do peito.

Nos anos 90, o então presidente da IBM Lou Gerstner reestruturou a empresa graças, em boa parte, às suas competências como antropólogo (não entendia nada de informática, mas rapidamente dominou o jargão da companhia), professor (seu didatismo ajudou a “vender” ao conselho decisões polêmicas, como a degola do OS2, deficitário sistema operacional) e sargento. “As pessoas não fazem o que você espera delas, mas sim o que você inspeciona delas”, costumava dizer Gerstner.

Não existe, dentre os seis modelos, um que seja ruim ou nocivo. É tudo uma questão de dosagem.

Fonte: epocanegocios.globo.com

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