Em pesquisa feita pelo Ateliê de Pesquisa Orgazinacional,
78% dos profissionais responderam que sim
O tema felicidade no trabalho está em voga no mundo
corporativo e é uma das prioridades das áreas de Recursos Humanos. Pesquisas
têm sido feitas por diversas instituições exatamente para lançar algum
entendimento sobre o tema que, por ser uma novidade, é bastante abstrato e até
cercado de muito romantismo. Isso ocorre porque o assunto é de grande
complexidade e invariavelmente é incluído entre os conceitos e melhores
práticas de RH, como clima organizacional, engajamento e política de retenção
de talentos profissionais.
Nesse sentido, o Ateliê de Pesquisa Organizacional divulgou
um estudo sobre o tema. Com abordagens qualitativas (quatro grupos de
discussão) e quantitativas (200 entrevistas), gestores e não gestores de
companhias estabelecidas em São Paulo e no Rio de Janeiro responderam e
indicaram o entendimento e a experiência que possuem da própria felicidade no
trabalho. O propósito central do estudo foi conhecer e abordar, de forma
dinâmica e profunda, como esses profissionais percebem e caracterizam a
condição de felicidade nas empresas em que trabalham.
Em síntese, o que a pesquisa revela sobre felicidade no
trabalho para os profissionais ouvidos? Eles mesmos apontam: é ganhar dinheiro,
relacionar-se com pessoas, ter desafios, trabalhar em equipe. É contar com relações
seguras e confiáveis entre colegas, ser reconhecido, sentir-se motivado,
satisfeito, competente e alegre na empresa, entre outros sentimentos.
Outro tema relevante e que também entrou na pesquisa, diz
respeito à infelicidade no trabalho. Os participantes apontaram várias
compreensões: ter disputas internas, sofrer pressões, ambiente tenso, colegas
fingidos, adoecimentos, pouco tempo para coisas pessoais, ausência de
reconhecimento e líderes inadequados, entre outros fatores.
O estudo produziu algumas conclusões. Uma delas indica os
fatores individuais bastante presentes na determinação do estado de
(in)felicidade dos profissionais, e também a influência dos fatores externos e
coletivos, com ênfase, porém, um pouco menor do que se costuma considerar. Outra
conclusão provoca uma reflexão sobre a novidade (ou não) do conceito de
felicidade no trabalho, uma vez que os próprios profissionais quando a definem
usam conceitos como motivação, realização no trabalho, clima e ambiente, que
são velhos conhecidos da área de Recursos Humanos.
Veja os principais resultados da pesquisa:
- Para 78%, o dinheiro é um fator que se sobrepõe a todos os
outros.
- Para 79% dos entrevistados, eles estão felizes ou muito
felizes em relação ao trabalho; apenas 7% consideram-se infelizes ou muito
infelizes.
- Para 46%, eles são os responsáveis e não a empresa pela
própria felicidade no trabalho.
Mulheres vs. homens
- Entre as mulheres, 84% consideram-se felizes ou muito
felizes em relação ao trabalho. - Entre os homens, 75% consideram-se felizes ou
muito felizes em relação ao trabalho.
Paulistas vs. cariocas
- Os cariocas (85%) consideram-se felizes ou muito felizes
em relação ao trabalho.
– Os paulistas (71%) consideram-se felizes ou muito felizes
em relação ao trabalho.
- O dinheiro tem muito mais peso para os cariocas (84%) do
que para os paulistas (73%).
Excesso de trabalho
- Trabalhar é importante para o crescimento pessoal e
profissional, disseram 45% dos entrevistados; 44% disseram que trabalham para
sentir-se realizado.
- Para 57%, trabalhar mais de 8 horas por dia é motivo de
satisfação. Apenas 17% responderam que trabalhar além do horário é motivo de
insatisfação.
O que causa felicidade no trabalho
- Para 49%, relacionar-se com pessoas é uma das situações
que deixa feliz no trabalho. Para 41%, trabalhar em equipe é a principal
situação.
- Para 68%, quando estão felizes no trabalho, sentem-se
motivados.
- Para 36% (60% deles do Rio de Janeiro), nada os deixa
infelizes no trabalho.
- Para 48%, a infelicidade no trabalho traz o sentimento de
desmotivação.
Saúde
- A maioria dos entrevistados (63%), não tiveram qualquer
problema de saúde nos últimos meses. Mas 37% deles apontaram estar sofrendo de
dor de cabeça (43%), cansaço exagerado (25%) e dor de estômago (18%), entre
outros adoecimentos.
Fonte: www.administradores.com.br
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