Por Francisco
Iglesias Bretas
As empresas sabem quantos
projetos, mudanças e inovações estão sendo desenvolvidas dentro de suas
operações? Conhecem as reais necessidades e objetivos dos projetos que
desenvolvem? Analisam a viabilidade de implantação de seus projetos? Têm
consciência dos impactos e complexidade dos projetos propostos? Enfim, estão
fazendo as coisas certas do modo certo?
As funções do PMO, mais
comumente conhecido como “Escritório de Projetos” (do inglês Project Management Office) evoluíram e este não deve ser
somente mais uma entidade organizacional de suporte ao negócio através do
controle de cronogramas, relatórios de performance, dentre outras atividades. O
PMO de hoje é fundamental para o sucesso das organizações e deve prover
serviços e inteligência em atividades vitais (“core”) e nas áreas de suporte à
gestão. O posicionamento de um PMO deve ser coerente com os desejos e
necessidades da organização, mas deve ser acima de tudo, um prestador de serviços
intrínseco à Organização e, como tal, sua sobrevivência e aceitabilidade
dependerão da satisfação dos seus clientes e da percepção de valor dos serviços
prestados, em todos os níveis hierárquicos da organização.
Um PMO eficaz permite às
organizações atingirem os resultados pretendidos a custos mais reduzidos,
criando um elo entre a Gerência Executiva e a Gerência Funcional, viabilizando
uma gestão eficaz por projeto, padrões de trabalho alinhados à Gestão de
Processos, monitoramento centralizado e preciso dos status dos projetos,
incremento do desempenho dos projetos e o aumento das competências em gestão
por projeto. Quando bem estruturado, um PMO também ajuda a organização a vencer
o mito da fiscalização e punição e aceitar que os resultados não são tão
diretos e instantâneos.
No que se refere a sua
aplicabilidade, o PMO é normalmente utilizado por empresas com interesse em
desenvolver uma cultura de trabalho orientada à gestão por projetos, que por
sua vez são cada vez mais pressionadas para lançarem novos produtos e serviços
em prazos cada vez menores e buscarem o alinhamento estratégico dos projetos
com os objetivos empresariais.
O estudo de benchmarking em
Gerenciamento de Projetos Brasil 2011 – Chapters Brasileiros mostra que 57,9%
das organizações que participaram do estudo não obtiveram sucesso na
implementação de um PMO devido a resistências e questões culturais. Além disso,
no que se refere à percepção de valor dos PMOs por parte das Organizações, o
estudo mostra que 48% percebem claramente o valor gerado em todos os níveis
hierárquicos, inclusive na Alta Administração. 'Fonte: PM SURVEY.ORG, Project Management Institute
Chapters. Website: http://www.pmsurvey.org'.
O patrocinador do projeto
de implantação de um PMO numa organização deve ser um defensor entusiasta e
ATIVO do conceito das práticas-chave, respeitado e influente na empresa,
profundo conhecedor da política organizacional e bom conhecedor do negócio da
organização.
Somente com um tratamento adequado das
necessidades da organização investindo na mudança de cultura e criando um
ambiente de colaboração e de ganhos para todos de modo democrático é possível romper
o paradigma do imediatismo e desmistificar os escritórios de projetos, pois
eles, não são a salvação da lavoura.
REFERÊNCIAS:
http://www.slideshare.net/companyweb/pmo-escritrio-de-projetos-desafios-e-resultados
- (acessado em 28/02/2012).
http://gerentedeprojeto.net.br/?p=2069
– (acessado em 07/03/2012).
http://www.slideshare.net/ricardo.vargas/ricardo-vargas-estabelecendo-escritorio-projetos-pt-1323916
- (acessado em (07/03/2012).
PM SURVEY.ORG, Project Management Institute
Chapters. Relatório Nacional.
Project
Management Office – PMO e Gestão de Portfólio de Projetos (Curso: MBA GESTÃO DE
PROJETOS) (Fead) 2011.
Um Guia do
CONHECIMENTO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS (GUIA PMBOK) Quarta Edição (Project
Management Institute, Inc) 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário