quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PMI São Paulo oferece treinamento sobre Scrum em outubro


O Capítulo São Paulo do PMI organiza nos dias 7 e 8 de outubro, em parceria com as empresas de consultoria Fixe e Kleer, o curso “Introdução, Estimativas e Planejamento com Scrum”. Scrum é um dos métodos mais conhecidos e utilizados do framework ágil. Conversamos sobre esse assunto com Pablo Tortorella, professor da Universidade de Buenos Aires e instrutor do treinamento.
O conceito de Scrum surgiu com a publicação do artigoThe New New Product Development Game, na Harvard Business Review, escrito por Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka em 1986. Nesse primeiro momento a aplicação do Scrum não estava diretamente relacionada ao desenvolvimento de software, embora atualmente este seja o principal mercado do framework ágil. Para Tortorella, Scrum pode ser totalmente aplicado em qualquer contexto que envolva produtos complexos. “É muito útil em toda atividade que dependa de conhecimento, criatividade e motivação dos envolvidos. Pessoalmente tenho utilizado Scrum em projetos de Capacitação, de Pré-vendas e de Consultoria, além dos projetos de software, que ainda são maioria. Conheço também implementações de sucesso na indústria de desenho de imagens institucionais (estúdios de design gráfico)”.
Na América Latina, Brasil e Argentina em especial, cada vez mais empresas estão adotando práticas ágeis. “Pela minha experiência encontro cada vez mais Scrum, principalmente em projetos de desenvolvimento de software. Considerando que Scrum não é um framework prescritivo, os processos com os quais cada equipe e organização trabalham, ainda que embarcados pelo Scrum, diferem muito. Tenho conhecido, visto e ouvido uma grande quantidade de equipes que implementam o conjunto Scrum+Kanban (com quadros de tarefas) e Scrum+XP (com algumas ou todas as práticas recomendadas, tais como Pair Programming, TDD etc.)”, analisa Tortorella. Entretanto algumas barreiras ainda precisam ser rompidas. Muitas vezes poder ser difícil convencer uma empresa habituada a abordagens tradicionais (escopo fechado, por exemplo) a migrar para o pensamento ágil. “O melhor método de ‘vender’ são os testemunhos de outros clientes satisfeitos, que não querem mais fornecedores waterfalls a partir do momento que encontram empresas ágeis que entregam valor antes do previsto e com produtos de qualidade. Isso tem relação com a possibilidade de aproveitar algumas oportunidades que só podem ser obtidas com o enfoque ágil, menos atrelado a um plano e mais flexível às necessidades do mercado e do contexto, altamente dinâmicos”, diz Tortorella.
Ainda assim o modelo mais tradicional de gerenciamento de projetos, com entregas maiores e pré-estabelecidas (conhecido como waterfalls), tem mantido participação importante no mundo de gestão de projetos. Porém, sob influência cada vez maior dos princípios ágeis. “Vejo que muitas empresas que trabalham historicamente de forma tradicional estão adotando muitos conceitos e práticas ágeis para melhorar a performance de suas equipes. Alguns exemplos de práticas implementadas são as retrospectivas periódicas durante os projetos (que trazem uma melhoria contínua das equipes e permitem mitigar todo tipo de riscos), as ferramentas de Visual Management (para favorecer o bom entendimento dentro da equipe e a transparência para fora da equipe, deixando claras as prioridades), as reuniões diárias e os encontros com clientes ou usuários (para obter um feedback mais rápido e minimizar riscos mais efetivamente)”, avalia Tortorella.
O treinamento, que será realizado na sede do Capítulo São Paulo do PMI, compreende os módulos I e II do track 1 para a certificação CSD (Certified Scrum Developer), da Scrum Alliance. Será uma ótima oportunidade para ampliação de conhecimentos por meio da aproximação de dois conjuntos tão abrangentes. “Espero que esse curso permita à comunidade que se reúne em torno do Capitulo São Paulo do PMI maior aproximação e conhecimento de ferramentas diferentes (metodologias, práticas e técnicas) que podem potencializar seus conhecimentos em gestão de projetos. Também acredito que possamos desmistificar a incompatibilidade entre as práticas ágeis e todas as disciplinas e processos tradicionais. Quero dizer que não existe um componente ágil para cada componente descrito no PMBOK e não devemos buscar essa correspondência total e exata, porque não se pretende substituir processos. O objetivo é complementar e contar com mais ferramentas no momento de resolver os problemas pontuais de cada projeto”, explica Tortorella.
O curso está aberto tanto para aqueles que já tem alguma experiência com Scrum, inclusive certificados CSM (Certified Scrum Master), como para quem gostaria de aprender a utilizar técnicas ágeis em seus projetos.
Serviço
Curso: Introdução, Estimativas e Planejamento com Scrum
Local: Alameda dos Maracatins, 992 – cj. 93-B – São Paulo, SP
Data: 7 e 8 de outubro de 2011, das 9 às 18h
Investimento: R$ 1.260 (R$ 1.100 para associados do PMI)

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